Para muitos a utilização das células tronco em tratamentos é a única esperança que há para a cura de doenças, tais como mal de Parkinson e problemas na medula espinhal. Já para outros, o uso de células originárias de embriões significa privar o embrião do direito à vida, ou seja, matá-lo antes mesmo que ganhe vida.
Não há nenhuma questão antiética em fazer pesquisas com fetos, se é que posso chamá-los assim. Alguns cientistas e religiosos defendem a tese que a vida começa na fecundação, e por isso o Superior Tribunal Federal deveria barrar a Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, a qual garante que embriões congelados há mais de três anos, com autorização dos pais, podem ser estudados pelos pesquisadores.
Essa idéia de que a vida começa na fecundação é completamente infundada, se baseada na teoria que a vida humana só é considerada quando há atividade cerebral, mas o embrião só passa a ter o cérebro ativo com mais de catorze dias de vida. Sem contar que o material em questão jamais terá alguma chance de viver, uma vez que já estão congelados há muito tempo, se não utilizados em estudos e provavelmente serão jogados no lixo.
Jogar no lixo a única esperança de curar algumas doenças não será uma atitude ética. Diversos países já adotam esse meio de tratamento. Por que não o Brasil? Caso o STF desaprove a Lei da Biossegurança, só a elite terá acesso ao tratamento e, conseqüentemente à cura, pois é certo que procurarão tratamento no exterior. Em um país onde as condições de saúde não são das melhores, temos que nos agarrar a oportunidade que temos de fazer esse setor tornar-se democrático.
Não há a menor dúvida de que, mais uma vez, a igreja queira interferir em questões de suma importância governamental e populacional. Com todo respeito aos religiosos, mas já saímos da Inquisição faz tempo. Imaginem se a camisinha fosse proibida como a igreja queria? Provavelmente viveríamos em uma geração de aidéticos e outras tantas doenças sexualmente transmissíveis. Infelizmente, ainda hoje, a ciência é vista como inimiga da religião. Ambas deveriam andar de mãos dadas, a ciência revolucionando para que a vida humana seja melhor, e a igreja instruindo os fiéis como tirar melhor proveito disso.
Até quando continuaremos privando pessoas de levarem uma vida normal, por questões até então morais, mas que por outro lado já passaram a ser imorais faz tempo? Se Deus deu a sabedoria ao homem, por que não utilizá-la?
O STF deverá votar essa Lei em breve. Que Deus ilumine a cabeça dos nossos ministros!
Não há nenhuma questão antiética em fazer pesquisas com fetos, se é que posso chamá-los assim. Alguns cientistas e religiosos defendem a tese que a vida começa na fecundação, e por isso o Superior Tribunal Federal deveria barrar a Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, a qual garante que embriões congelados há mais de três anos, com autorização dos pais, podem ser estudados pelos pesquisadores.
Essa idéia de que a vida começa na fecundação é completamente infundada, se baseada na teoria que a vida humana só é considerada quando há atividade cerebral, mas o embrião só passa a ter o cérebro ativo com mais de catorze dias de vida. Sem contar que o material em questão jamais terá alguma chance de viver, uma vez que já estão congelados há muito tempo, se não utilizados em estudos e provavelmente serão jogados no lixo.
Jogar no lixo a única esperança de curar algumas doenças não será uma atitude ética. Diversos países já adotam esse meio de tratamento. Por que não o Brasil? Caso o STF desaprove a Lei da Biossegurança, só a elite terá acesso ao tratamento e, conseqüentemente à cura, pois é certo que procurarão tratamento no exterior. Em um país onde as condições de saúde não são das melhores, temos que nos agarrar a oportunidade que temos de fazer esse setor tornar-se democrático.
Não há a menor dúvida de que, mais uma vez, a igreja queira interferir em questões de suma importância governamental e populacional. Com todo respeito aos religiosos, mas já saímos da Inquisição faz tempo. Imaginem se a camisinha fosse proibida como a igreja queria? Provavelmente viveríamos em uma geração de aidéticos e outras tantas doenças sexualmente transmissíveis. Infelizmente, ainda hoje, a ciência é vista como inimiga da religião. Ambas deveriam andar de mãos dadas, a ciência revolucionando para que a vida humana seja melhor, e a igreja instruindo os fiéis como tirar melhor proveito disso.
Até quando continuaremos privando pessoas de levarem uma vida normal, por questões até então morais, mas que por outro lado já passaram a ser imorais faz tempo? Se Deus deu a sabedoria ao homem, por que não utilizá-la?
O STF deverá votar essa Lei em breve. Que Deus ilumine a cabeça dos nossos ministros!
*Júlia Rodrigues tem 18 anos e é estudante do 3º semestre de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo e, também, é estagiária de jornalismo da Fundação Getúlio Vargas.