segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Prática da corrupção: ninguém está olhando!

Por Gilberto T. Suzuki*
As pessoas fazem algumas coisas escondidas dos outros. Na ausência dos pais, os filhos aprontam dentro de casa, quando os professores não estão olhando durante a aplicação das provas, alguns alunos “colam”, os ladrões roubam quando não há ninguém dentro de casa ou do automóvel. Nestes casos, a sensação é de que “ ninguém está olhando” e “tudo pode”.
Penso que o mesmo ocorre com a famosa corrupção na política, a idéia é de que “ninguém está olhando”, ou talvez “não acontece nada aqui no Brasil” , a famosa impunidade.
Pergunto: o ideal seria ter sempre a presença dos pais para que os filhos não aprontem? Ter uma polícia mais efetiva nas ruas para que os bandidos não roubem? Os professores devem dobrar a atenção para que os alunos não colem? Deve haver um acompanhamento maior por parte da população e uma política mais severa para punir os corruptos?
Estas alternativas poderiam diminuir estes problemas, entretanto, resolveriam apenas parte do problema, pois o ideal seria que os filhos fossem comportados, que os alunos estudassem para as provas, que houvesse trabalho para todos, que não existissem ladrões e que os políticos fossem honestos por natureza.
Tudo isso são ideais, um pouco ou muito diferente do real. Quando falamos do real, falamos das nossas imperfeições, limitações e quando falamos do ideal, falamos de princípios.
De que forma podemos diminuir a distância entre o real e o ideal? Acredito que primeiro passo consiste na reflexão destes ideais e perceber como estes princípios podem tornar a nossa vida mais justa, o segundo passo depende de cada um de nós, ou seja, de nossas atitudes.
Você poderá sugerir outros passos para diminuir esta distância, escreva!!
*Gilberto Takashi Suzuki é mestrando em Planejamento do Desenvolvimento no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPa-NAEA). Atua como Professor da Universidade da Amazônia (UNAMA) e do Insitututo de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM) ambas sediadas em Belém, no estado do Pará. Suzuki também é colunista do site do NEAD-UNAMA. (Clique aqui para ler outros artigos do autor)

2 comentários:

Larissa disse...

Oi, Suzuki!!!!!

Bom, minha sugestão é que as virtudes sejam ensinadas desde o berço, não só pela família mas na escola também, e uma boa forma de se garantir que esse ensinamento seja ministrado com maior eficácia é inserindo a Filosofia na vida de todos, crianças, jovens e adultos, mas não uma filosofia 'teórica', distante, intelectualizada, mas uma filosofia viva, aplicada ao dia-a-dia ed cada um de nós. Sou aluna do Curso de Filosofia à Maneira Clássica da Nova Acrópole e costumo dizer que se todos fizessem pelo menos o primeiro nível do curso o mundo certamente seria um lugar melhor para vivermos.

Anônimo disse...

Com Relação ao Artigo:
Prática da corrupção: ninguém está olhando!
Quero parabenizar o Mestrando Gilberto T. Suzuki. Por enteder que ele foi muito feliz ao fazer uma relação com o ninguém está vendo, então, tudo pode, acredito que as coisas aconteçam por não haver um controle rigoroso e por haver uma cultura do menor esforço por aqui, isso só vai mudar quando tivermos uma educação que seja voltada para o bem comum, onde todos saibam com clareza que seus atos podem produzir efeitos positivos ou negativos para sociedade de modo geral, o que adianta as pessoas por ninguém está olhando, ganharem muito dinheiro e não terem paz, por falta de segurança e outros males que esse dinheiro ganho por ninguém estar por perto para impedir poderia evitar se melhor fosse implicado... Adm. Barroso Junior