quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Revoluções Silenciosas -> As Escolas Municipais do Campo em Araraquara.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Revoluções Silenciosas -> Projeto Bibliotecas Comunitárias
A primeira matéria foi escrita por Lara Simielle que apresenta o projeto Bibliotecas Comunitárias.
Por Lara Simielle*O Instituto Ecofuturo, por meio do Programa Ler é Preciso, realiza o projeto das Bibliotecas Comunitárias, em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Este projeto visa incentivar e fortalecer a articulação entre os atores sociais das comunidades a partir de suas participações na implementação do projeto. Atualmente, 75 Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso foram implantadas, em sete estados, atendendo a um público estimado de 825 usuários/mês em cada biblioteca. Entre os patrocinadores estão: Avon, CSN, CRVD, FCA, Holcim, Philips, Politeno, Suzano Petroquímica, Suzano Papel e Celulose, Oi Futuro, JHSF, Telefônica e Satipel.
As Bibliotecas são implantadas, prioritariamente, em locais com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), altos indicadores de violência, e que possibilitem o estabelecimento de parcerias, preferencialmente dentro de escolas públicas, com a contrapartida de que sejam abertas à comunidade. O projeto oferece acervo de mil títulos, sendo 30% do acervo decidido junto com a comunidade, equipamento de micro-informática para gestão do acervo e cursos de formação para agentes promotores de leitura e auxiliares de biblioteca (80% formado por professores), com o objetivo de disponibilizar conhecimento para a organização e para a implementação de ações que promovam a leitura e tornam a biblioteca viva.
Neste ano serão implantadas 10 bibliotecas, uma delas em Belterra, no Pará, em parceria com o Programa Saúde e Alegria.
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* Lara é Mestra em Administração Pública e Governo pela FGV-EAESP e atualmente trabalha no Instituto Ecofuturo, no Projeto Bibliotecas Comunitárias do Programa Ler é Preciso. Para saber mais clique aqui.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Reação de Hugo na Venezuela!
domingo, 13 de abril de 2008
Células Tronco e a raiz da questão!
Não há nenhuma questão antiética em fazer pesquisas com fetos, se é que posso chamá-los assim. Alguns cientistas e religiosos defendem a tese que a vida começa na fecundação, e por isso o Superior Tribunal Federal deveria barrar a Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, a qual garante que embriões congelados há mais de três anos, com autorização dos pais, podem ser estudados pelos pesquisadores.
Essa idéia de que a vida começa na fecundação é completamente infundada, se baseada na teoria que a vida humana só é considerada quando há atividade cerebral, mas o embrião só passa a ter o cérebro ativo com mais de catorze dias de vida. Sem contar que o material em questão jamais terá alguma chance de viver, uma vez que já estão congelados há muito tempo, se não utilizados em estudos e provavelmente serão jogados no lixo.
Jogar no lixo a única esperança de curar algumas doenças não será uma atitude ética. Diversos países já adotam esse meio de tratamento. Por que não o Brasil? Caso o STF desaprove a Lei da Biossegurança, só a elite terá acesso ao tratamento e, conseqüentemente à cura, pois é certo que procurarão tratamento no exterior. Em um país onde as condições de saúde não são das melhores, temos que nos agarrar a oportunidade que temos de fazer esse setor tornar-se democrático.
Não há a menor dúvida de que, mais uma vez, a igreja queira interferir em questões de suma importância governamental e populacional. Com todo respeito aos religiosos, mas já saímos da Inquisição faz tempo. Imaginem se a camisinha fosse proibida como a igreja queria? Provavelmente viveríamos em uma geração de aidéticos e outras tantas doenças sexualmente transmissíveis. Infelizmente, ainda hoje, a ciência é vista como inimiga da religião. Ambas deveriam andar de mãos dadas, a ciência revolucionando para que a vida humana seja melhor, e a igreja instruindo os fiéis como tirar melhor proveito disso.
Até quando continuaremos privando pessoas de levarem uma vida normal, por questões até então morais, mas que por outro lado já passaram a ser imorais faz tempo? Se Deus deu a sabedoria ao homem, por que não utilizá-la?
O STF deverá votar essa Lei em breve. Que Deus ilumine a cabeça dos nossos ministros!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Políticas de conservação da natureza: quem é quem?
Em Resgatando a Natureza, Marcus Colcherster escreve sobre a legitimação dos direitos consuetudináros em unidades de conservação (UC). Iniciando relata que mesmo com o conhecimento científico e a ação de entidades conservacionistas, ainda permanece a idéia da natureza separada da humanidade. No passado, a natureza era vista como o mal, a brutalidade da qual a civilização deveria se apartar. Contudo, esta percepção mudou. A natureza passou a ser o mundo não corrompido pelo homem civilizado. O homem selvagem, o homem não maligno, imaculado, não corrompido pelo homem branco. A natureza passou a ser o refúgio, o resgate da condição não corrompida, escape para os males da civilização, para recreação do espírito humano. Criaram-se então os parques nacionais que vieram a influenciar os padrões globais de conservação, defendidos então pelos chamados conservacionistas. O mundo selvagem passou a ser reverenciado como refúgio da biodiversidade que precisava ser preservada na qual o ser humano não era incluso, mas era o seu principal algoz. Nesta concepção, surgiram UC para manter o ser humano impactante longe da biodiversidade a ser preservada. Nestas áreas as populações residentes eram forçosamente retiradas, reforçando desigualdades sociais, furtando seu direito de propriedade bem como dos saberes vivenciados naquele ambiente. As áreas protegidas impuseram visões de elite sobre o uso da terra que resultaram na alienação das terras comunais em favor do Estado. A visão conservacionista pretensiosa era a de hegemonia ocidental, desrespeitando outras construções culturais por outros povos, que possuíam visões bem diferentes de relação com a natureza. A construção histórica de uma população está relacionada com a sua interação na paisagem, na natureza. Os conservacionistas começaram então a perceber que os planos de manejo ambiental não dariam certo se as dimensões sociais fossem ignoradas e marginalizadas. As políticas de conservação até então eram introduzidas por pessoas de fora e legitimadas em alianças com o Estado.
Muitos têm argumentado que as sociedades tradicionais (Índios, Quilombos, ribeirinhos, etc.) vivem em plena harmonia com o seu ambiente, e por isso detêm as melhores formas de manejo dos recursos presentes. Este argumento inclusive é usado pelas próprias comunidades para resguardarem seus direitos. Mas é um equivoco achar que elas detêm uma ética conservacionista ou que o manejo por elas impetrados jamais degradarão o meio. Até porque tais comunidades com o passar do tempo absorvem novas tecnologias, o que altera suas relações com o meio em vários aspectos. As comunidades tradicionais possuem regras e costumes que muitas vezes são bem diferenciados daqueles que compõe o universo conservacionista. Assim pesquisadores precisam assessorar ações de manejo em áreas onde estas populações estão assentadas, mas jamais substituí-las em suas decisões. Auxiliar na organização das mesmas e no sentido de constituírem uma autoridade central que dialogue com instituições externas.
Poderia discorrer muito mais no pensamento de Colcherster, porém finalizando prefiro deixar algumas inconclusões... no dialogo com populações tradicionais, seria então uma batalha a busca de um consenso pois, em beneficio de quem os recursos devem ser conservados?Quem terá o poder de contestação?Quem teria a autoridade de manejar de forma prudente e em beneficio das gerações futuras?
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
O lado bom da Desigualdade Econômica: será o diabo tão feio quanto se pinta? (Parte 2)
Neste país os trabalhadores de alta renda são fortemente tributados, e o Estado, realmente compromissado com a igualdade, distribui esta renda sob a forma de serviços, como educação, saúde, programas de complementação de renda, seguro desemprego e tudo mais que um welfare state exemplar deve fazer. Os muito ricos podem chegar a ser tributados em 95% de suas rendas (Clique aqui e conheça o caso de uma escritora cuja alíquota de imposto certo ano chegou a 102% !!!). O valor arrecadado desta camada muito rica é distribuído socialmente, por exemplo, entre desempregados, inclusive para os que não conseguem se adaptar a exercer qualquer tipo de trabalho, e preferem ficar surfando na Espanha. Logicamente nem todas as formigas querem sustentar cigarras, e acabam imigrando para paises menos vorazes.
Mas, neste nosso processo de pensarmos sociedades com diferentes comportamentos em relação à desigualdade, não podemos nos furtar de imaginar um terceiro país.
Portanto, é o diabo tão feio quanto se pinta?
Muitos autores, principalmente dentro da linha do liberalismo econômico, entre os quais eu destacaria o prêmio Nobel de economia de 1974, Friedrich Hayek, acham que não. Uma sociedade que busque a igualdade a qualquer custo tira o incentivo do cidadão lutar para progredir, podendo prejudicar sua eficiência econômica.
A desigualdade é para a sociedade como a ambição e a vaidade são para os indivíduos. Uma pessoa extremamente ambiciosa não mede esforços para atingir seus objetivos, prejudicando os que estão ao seu redor e a si mesma. Outra, sem nenhuma ambição, pode ficar o dia todo vendo tevê, só esperando seu Bolsa Família no final do mês. Aquele sem vaidade pode descuidar até de sua higiene pessoal, enquanto o vaidoso demais se torna um narciso.
Uma sociedade sem desigualdade mata o incentivo de trabalhar, enquanto outra, muito desigual, prejudica o desenvolvimento econômico e social do país.Assim, o diabo é tão feio quanto ele o é, nem mais, nem menos. Se adotarmos políticas econômicas equivocadas no afã de resolver a questão da desigualdade, podemos prejudicar a eficiência econômica do país sem resolver a questão social.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
O lado bom da Desigualdade Econômica: será o diabo tão feio quanto se pinta? (Parte 1)
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Abaixo a educação!
Na era do reality show, vale tudo pra aparecer. Para os bem sucedidos, um convite pra posar na Playboy ou na GMagazine e no bolso um milhão. Por mais estranho que isso possa parecer, o anseio por aparecer a qualquer custo não está mais restrito ao mundo das futilidades, mas também na imprensa, setor o qual supostamente o conteúdo importa.
Nessa toada, alguns articulistas não têm medido esforços. Em seus artigos escolhem com maestria conexões com recônditos da mentalidade humana, impulsionados por um certo clima de mesmice que paira no cenário nesses tempos de estabilidade nacional. Colocando-se como visionários, dão nova roupagem a dilemas que ainda habitam mentes refratárias que não superaram certos paradigmas, mesmo após o fim da Guerra Fria.
São exemplos de profissionais exímios que circulam pela nossa nada concentrada e democrática mídia de altíssimo nível. São hábeis na arte de confeccionarem artigos escancaradamente tendenciosos e burlescos, que uma rápida aula de filosofia chamaria a atenção para a inexistência de premissas como a dialética e o espírito crítico mais básico.
Falando em aula, Gustavo Ioschpe tem se dedicado a escrever sobre o tema educação nos seus últimos artigos na Revista Veja, vociferando seu ódio contra os professores – segundo ele uma abordagem bastante inovadora – já que estes seriam os grandes responsáveis (culpados), e não vítimas partícipes de uma situação maior, verdadeira tragédia nacional, como todos nós, medíocres, vimos inocentemente acreditando. Fomos e somos apenas manipulados pelo espírito corporativista e pelos sindicatos, assim como a população alemã o fora pelos nazistas e os cubanos o são por Fidel, como nos alerta.
De forma leviana, acusa nas entrelinhas e, se dizendo apenas querer “gerar dúvidas” para que sejam revistas “visões sedimentadas”, subliminarmente sua narrativa conduz o leitor à conclusão que o grande problema da educação é um ato de (má) vontade e, porque não, da personalidade intrinsecamente vil dos professores, sujeitos os quais o auto-interesse se coloca acima dos da nação. Manipula estatísticas, fazendo uso da “matemagia” e explicita seu conhecimento enviesado sobre o tema através de generalizações absurdas e construções inconsistentes.
No entanto, o articulista parece estar bastante estimulado, tamanha a indignação que tem causado, gerando um elevado número de comentários de leitores e internautas (tem conseguido a concordância de alguns também, é bom que se diga...). Ou seja, está chamando a atenção e não me surpreenderia se logo, logo, o articulista aparecesse na capa da GMagazine.
Provavelmente não entendo tão bem a educação nacional quanto Ioschpe. Talvez por isso meu lema atual seja “abaixo a educação!”. Para o bem dos pobres e da nação, torço para que ela saia de moda o quanto antes para que “especialistas em educação”, como se intitula o referido articulista, vão procurar outro tema para entreter as mentes órfãs de Paulo Francis desse país. Disse Montaigne que “os que tentam corrigir os males da nossa época com idéias que estão na moda, só porque estão na moda, corrigem a aparência viciada das coisas, mas não o fundo delas, que piora sempre”. Então, quando todo esse modismo passar, continuarão os mesmos professores “ruins” de sempre, por 30 ou 40 anos lecionando, vendo entrar e sair de cena especialistas, tecnocratas e toda ordem de profissionais titulados que observam a vida pela janela do “planeta do ar-condicionado”.
Em tempo, não se trata de fazer uma defesa ingênua de categorias profissionais como a dos professores. Freqüentei suficientemente “salas de professores” e posso fazer uma lista que superará em muito os argumentos de Ioschpe. Apesar disso, não me privo do direito de esperar que sobre temas tão relevantes se estabeleça um debate digno de ser chamado de “inteligente”.
* Oswaldo Gonçalves Jr., Doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP. Ex-professor, hoje leva uma vida luxuosa numa praia paradisíaca do Caribe cercado de belas mulheres e drinks alucinantes. E-mail: osgoju@yahoo.com.br
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Prática da corrupção: ninguém está olhando!
Penso que o mesmo ocorre com a famosa corrupção na política, a idéia é de que “ninguém está olhando”, ou talvez “não acontece nada aqui no Brasil” , a famosa impunidade.
Pergunto: o ideal seria ter sempre a presença dos pais para que os filhos não aprontem? Ter uma polícia mais efetiva nas ruas para que os bandidos não roubem? Os professores devem dobrar a atenção para que os alunos não colem? Deve haver um acompanhamento maior por parte da população e uma política mais severa para punir os corruptos?
Estas alternativas poderiam diminuir estes problemas, entretanto, resolveriam apenas parte do problema, pois o ideal seria que os filhos fossem comportados, que os alunos estudassem para as provas, que houvesse trabalho para todos, que não existissem ladrões e que os políticos fossem honestos por natureza.
Tudo isso são ideais, um pouco ou muito diferente do real. Quando falamos do real, falamos das nossas imperfeições, limitações e quando falamos do ideal, falamos de princípios.
De que forma podemos diminuir a distância entre o real e o ideal? Acredito que primeiro passo consiste na reflexão destes ideais e perceber como estes princípios podem tornar a nossa vida mais justa, o segundo passo depende de cada um de nós, ou seja, de nossas atitudes.
Você poderá sugerir outros passos para diminuir esta distância, escreva!!
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Políticas e ações públicas inovadoras para 2008!
Que tal começarmos 2008 com espírito inovador? Mostraremos, nesse primeiro post, quatro experiências de uma forma diferente de se fazer Gestão Pública com Cidadania. Para os mais chatos e detalhistas, que entendem que público é uma palavra exclusiva do Governo ou do Estado, deixamos claro que o sentido que empregamos aqui é outro, ou seja, palavra que pode abranger prefeituras, sociedade civil organizada, etc. E como isso não é uma tese, mas apenas um humilde espaço jornalístico, vamos ao que interessa:
1 - Plano Municipal Integrado de Segurança Pública (Estado de São Paulo)
Informações mais detalhadas sobre o projeto podem ser coletadas na Rua Conde do Pinhal, 2017, no município de São Carlos – SP, ou pelo telefone (0XX16)3362-1045, ou pelo site http://www.saocarlos.sp.gov.br/, ou ainda via e-mail: gabinete@saocarlos.sp.gov.br
2 – Projeto Saúde e Alegria (Estado do Pará)
A ONG atua em 150 comunidades ribeirinhas que habitam nas margens do rio Tapajós, que margeia os municípios de Santarém, Aveiro e Belterra no Estado do Pará, totalizando aproximadamente cerca de 30 mil pessoas, que recebem atendimento médico e odontológico. Para saber mais sobre o Projeto, clique aqui ou acesse o site do PSA.
3 – Piraí Digital (Estado do Rio de Janeiro)
4 – Programa Gestão Pública e Cidadania – PGPC (Brasil)
Que 2008 seja um ano de muitas inovações para a sociedade brasileira e mundial!